Resumo

MACHICAO MORALES, Alejandra  e  PINTO TAPIA, Bismarck. HIPNOSE COMO FERRAMENTA TERAPÊUTICA APLICADA A UM CASO DE ORNITOPOBIA. Ajayu [online]. 2020, vol.18, n.1, pp.121-151. ISSN 2077-2161.

As fobias específicas são um dos distúrbios mais comuns da sociedade, com uma alta prevalência cumulativa de 26,9% entre as idades de 20 e 50 anos (Kessler, Magee et al., 1996). Além disso, 70% dos fóbicos são mulheres (Curtis et al., 1998). Apenas uma minoria de pacientes procura tratamento em suas vidas devido ao medo de exposição ao objeto fóbico., (Wardenaar, 2017). Pesquisas mostraram que até 59,2% dos pacientes relataram interferência em suas vidas diárias. (Depla, 2008). O alto componente cognitivo imaginário relacionado a fobias específicas dá lugar ao uso de uma ferramenta terapêutica como a hipnose, possibilitando o tratamento da dessensibilização sistemática baseada principalmente no uso de imagens. A intervenção foi realizada em uma mulher de 22 anos com diagnóstico de fobia de pombo (Ornitofobia), na qual o nível de sugestionabilidade foi previamente avaliado no inventário de sugestionabilidade de Gonzalez. Os passos da dessensibilização sistemática com hipnose foram seguidos. Primeiro, foi feita uma hierarquia de medos; em seguida, foi feita uma linha de base do uso de um oxímetro para medir a freqüência cardíaca, um auto-relato de pré e pós-teste baseado no questionário de fobias específicas (FSS-122) na adaptação espanhola Matezans 2012. Continuamos realizando 4 sessões de hipnose com base na hierarquia dos medos. Os resultados da análise do teste binomial em relação às alterações obtidas na frequência cardíaca antes e após a intervenção mostram-se significativos, também abaixo da linha de tendência projetada da linha de base. Em relação ao autorrelato pré e pós-teste, a partir da análise do teste binomial, observou-se que as alterações foram significativas.

Palavras-chave : Hipnose; frequência cardíaca; fobia; dessensibilização sistemática.

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